Ansiedade: Entre o Alerta Natural e o Peso da Sociedade Moderna

Ansiedade: Entre o Alerta Natural e o Peso da Sociedade Moderna

Você já percebeu como a ansiedade pode aparecer tanto antes de uma prova quanto no silêncio da madrugada, sem motivo aparente? Embora a palavra “ansiedade” seja usada com frequência, nem sempre entendemos que existem duas formas bem diferentes dela: a ansiedade natural e a ansiedade patológica.

Quando a ansiedade é aliada

A ansiedade natural é uma resposta saudável do nosso corpo. Ela surge em situações que exigem atenção — como uma apresentação, uma entrevista ou aquela prova importante. Esse frio na barriga nos impulsiona a nos preparar melhor, aumenta o foco e nos protege de riscos. É como um alarme interno que diz: “Ei, isso é importante! Vamos dar o nosso melhor.”

Quando a ansiedade deixa de proteger

Mas, no século XXI, com a sociedade imediatista e hiperconectada, muitos começaram a experimentar uma ansiedade diferente: persistente, intensa e sem motivo claro. É a ansiedade patológica, que não alerta — assusta. Ela nasce de pressões como:

Excesso de cobranças internas e sociais (“preciso dar certo agora”),

Comparações constantes nas redes sociais,

Medo do futuro e do fracasso,

Sobrecarga de responsabilidades (trabalho, estudos, relações… tudo ao mesmo tempo).

Essa forma de ansiedade gera preocupação constante, sensação de perigo iminente, pensamentos acelerados e sintomas físicos como falta de ar, tremores ou insônia.

Um número que não cabe no silêncio

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está entre os países mais ansiosos do mundo, com cerca de 9,3% da população convivendo com transtornos de ansiedade. Globalmente, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com o problema. Uma curiosidade pouco comentada é que a ansiedade patológica pode alterar nossa percepção do tempo — para quem sofre, o futuro parece mais ameaçador e o presente, mais curto, como se o relógio interno estivesse sempre “adiantado”.

Estratégias simples para o dia a dia

Embora o tratamento adequado deva ser conduzido por um profissional, existem atitudes diárias que ajudam a reduzir os efeitos da ansiedade patológica:

🕰️ Respiração consciente – Inspire profundamente por 4 segundos, segure por 2 e solte por 6. Essa prática regula o sistema nervoso.

🌱 Rotina com pausas – Pequenas pausas entre tarefas ajudam o cérebro a desacelerar e perceber que está seguro.

📓 Escrever os pensamentos – Externalizar preocupações no papel pode reduzir a intensidade mental delas.

🚶‍♀️ Movimento diário – Caminhadas leves liberam neurotransmissores que acalmam.

Alimentos que auxiliam no combate à ansiedade

A alimentação também impacta diretamente nosso estado mental. Dois aliados importantes são:

Aveia – Rica em triptofano, ajuda na produção de serotonina, o hormônio do bem-estar.

Banana – Fonte de vitaminas e minerais que regulam o humor e reduzem a irritabilidade.

Duas coisas que você deve parar de fazer

🚫 Interromper o sono para usar redes sociais – A exposição à tela à noite aumenta a ansiedade e prejudica o descanso mental.

🚫 Tentar controlar absolutamente tudo – O excesso de controle gera mais frustração e alimenta o ciclo da ansiedade.

Permita-se apoio: você não está só

Lembre-se: ansiedade não é sinônimo de fraqueza. Buscar ajuda é um gesto de coragem. Converse com pessoas de confiança e, sobretudo, não hesite em procurar apoio psicológico. Um acompanhamento profissional pode transformar a forma como você se relaciona com seus pensamentos e emoções.

Se você se identificou com este texto e deseja iniciar esse cuidado, entre em contato comigo, psicóloga e pedagoga Tania Raposo, com experiência em atendimento clínico online em ansiedade.

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Você merece viver com leveza. A ansiedade pode estar em você, mas não precisa te definir. Há caminhos — e você pode começar hoje.