Decisões conscientes, um futuro contente!
GERAL
Tania Raposo
7/1/20244 min ler


Decisões conscientes, um futuro contente!
Toda decisão que tomamos, têm um impacto no futuro. Não importa se é um futuro bem próximo, não tão próximo, ou bem distante, a verdade é que todas as nossas escolhas vão, de alguma forma, produzir algum tipo de consequência. Não há como fugir desse axioma. Até mesmo o “não escolher”, ou o “não optar por algo” é uma escolha e, como tal, igualmente produzirá seus efeitos.
Tomando por base essa verdade, podemos fazer uma análise crítica de nossas falas, ou das coisas que ouvimos de outras pessoas em relação ao desespero, à angústia e ao arrependimento diante de inúmeras situações que vivenciamos. Quantas vezes repetimos a fática frase: “Por que isso está acontecendo comigo?” Ou ainda, “O que eu fiz para merecer isso?” Com certeza, frases como essas expressam os sentimentos ruins que estamos sentindo frente ao vivido, por isso se justificam.
Contudo, se fizermos uma avaliação sincera e madura o suficiente, perceberemos que chegamos até aquela situação por meio de um caminho largo de decisões que tomamos.
É bem verdade que, grande parte das vezes, as situações difíceis de hoje, não sejam em decorrência de decisões tomadas a pouquíssimo tempo. Boa parte das vezes, situações presentes, são advindas de um histórico de decisões antigas que muito provavelmente foram tomadas por um “eu” não tão maduro como o “eu” de agora. É, talvez isso não soe tão justo assim… Mas a realidade é essa, decisões de um passado imaturo, serão vividas no presente sem exceção.
O que fazer diante disso?
Um “futuro contente”, como sugere o título deste texto, invariavelmente deverá perpassar por tomadas de decisões conscientes e intencionais (características que são privilégios do amadurecimento).
Decisões conscientes, têm a ver com planejamento e projeções futuras, decisões que não perdem de vista a percepção dos benefícios e prováveis riscos que poderão ocasionar. Significa a famosa expressão “colocar na balança” e verificar benefícios e desvantagens do que está sendo decidido. É um processo de incrível autoanálise que demandará dedicação e persistência, por isso é que a vemos como intencional.
Talvez, ter que agir dessa forma sempre que tivermos que decidir, canse. Talvez não! Com certeza será um um processo cansativo. A princípio, mecânico, mas com a prática, se tornará algo orgânico, que acontecerá naturalmente, sem que seja percebido… Ocorrerá sem esforço ou cansaço.
As consequências desse processo intencional e consciente nas tomadas de decisões serão, são sombra de dúvidas, agradáveis e benéficas pois propiciarão decisões mais assertivas e com menor propensão ao erro.
Claro que existem situações que fogem do nosso poder de escolha. Fatalidades e diagnósticos são exemplos disso. Mas, ainda que não tenhamos “poder” sobre elas, para impedir sua ocorrência, temos o poder de decisão sobre o que fazer e como proceder a partir delas. Sobre esse aspecto, nós temos o controle sim. Podemos exercer o mesmo processo consciente e intencional diante do imprevisto e tirar o melhor proveito possível diante daquilo que não foi possível ser evitado. Outra expressão cabe bem aqui: “há males que vêm para bem…” De fato pode haver uma certa verdade nisso, se conscientemente buscarmos um propósito diante da situação, se dermos um sentido a ela.
A ideia é tirar um bom proveito frente a toda e qualquer situação, mas como já dissemos, isso exigirá de nós intenção, consciência e maturidade. Vale a pena o esforço, uma vez que os benefícios serão para nós mesmos (e muito provavelmente para os que nos cercam também).
Não podemos deixar de mencionar a questão da impulsividade emocional em relação às tomadas de decisões assertivas. As emoções são maravilhosas! Elas nos conectam com o mundo e com o outro. Elas servem para nos tornar humanos.
O problema não é sermos pessoas emocionais. O problema é sermos somente emocionais… As emoções não são inteligentes. E elas não precisam ser. Elas são livres, autônomas, independentes… É exatamente por isso que elas não podem ser nossos guias para tomadas de decisões. Elas não têm compromisso com o nosso futuro. Elas são imediatistas e presas ao presente.
Viver sobre o crivo das emoções nos torna impulsivos e irracionais. Decisões advindas somente desse parâmetro, certamente estarão fadadas ao fracasso.
Isso facilmente se comprova se fizermos uma franca análise das decisões que tomamos em momentos de extrema felicidade, paixão ou raiva. Seguramente os resultados posteriores não foram bons. No momento de “pico emocional”, a decisão que legitima o que se sente no momento, realmente parece a mais coerente e às vezes a única possível, mas ao passar da euforia, nada do que foi decidido parece ter o mesmo sentido porque, aquilo que sustentava a decisão, já não existe mais, passou, acabou. O que fica? Somente as consequências de algo insustentável, porém inevitável.
É inteligente decidir com base na razão com uma pitada de emoção e não o contrário. É por conta dessa afirmação que reforçamos a ideia de que decisões assertivas sempre serão fruto de um processo intencional, consciente e maduro. Essas três características quando se tornam a “tríade de decisões” em nós, nos ajudam a sermos pessoas mais felizes.
Se até aqui nós não fizemos uso dessa tríade e temos pagado o preço por isso, podemos encaixar em nossas vidas um outro dito popular que fará todo sentido: “nunca é tarde para começar”! Não importa quantas decisões imaturas ou emocionais tenhamos tomado em nossas vidas, sempre teremos a chance de recomeçar…
Como psicóloga posso estar junto a você nesse processo de tomada de consciência, de intencionalidade e amadurecimento na busca de decisões mais assertivas. Você só precisa desejar e entrar em contato comigo.